terça-feira, 27 de maio de 2008
A diferença entre Actores2
A TVI-líder de audiências em Portugal é um exemplo de perseverança graças ao talento e profissionalismo do seu director José Eduardo Moniz eu ainda sou do tempo em que a TVI não contava para o campeonato das televisões para mim Moniz é o Mourinho da televisão.Tenho o orgulho de ter trabalhado naquela casa, mas esse orgulho não me impede de denúnciar um facto aberrante que me foi revelado à uns dias e que infelizmente não me espanta.O fim de semana passado fui confrontado com uma revelação chocante(ou talvez não)a produtora responsavél pela série Equador contratou actores negros para fazerem parte do elenco desta série, até aqui nada de especial, normalíssimo.Mas o que não é normal foi a proposta descarada e racista feita pela produção, que quer pagar menos de metade a esses actores, do que paga aos restantes actores(brancos).Nesse elenco temos actores como Carlos Packa, um actor negro com créditos firmados e outros que foram alunos distintos no conservatório, com tanta ou mais experiência do que os Actores convidados, mas essa produtora segundo as minhas fontes não os considera propondo ordenados ridiculos a esses actores só por eles serem negros isto é imora, e revoltante!porque tanta discriminação?fica a pergunta!
terça-feira, 20 de maio de 2008
A esperança chama-se Obama!
A semana que agora começa foi uma das mais difíceis da minha vida!Perdi a minha progenitora e perder uma mãe é sempre a perca de um pedaço de nós, pois viemos delas, somos parte delas e elas de nós.Além deste meu problema pessoal, ainda tive tempo para ver a actualidade e o que vi não me agradou.As tragédias naturais da Ásia, aproveitadas pelo regime criminoso de Rangum para assassinar o seu povo, crime a que assiste impávida e serena a comunidade internacional se a Birmânia tive petróleo o regime ainda estaria no poder?e em Itália?o regresso de Ill Cavalheri ao poder trouxe aquele País manifestações de puro racismo e Xenófobia, sentimentos enterrados e que a direita Italiana veio trazer de volta.Uma vergonha o que está a ser feito à comunidade Romena e aos ciganos, perseguições, assaltos e até violações com a Mafia à mistura a União Europeia não vai dizer nada?ou será que está é uma das medidas que Berlusconni anunciou para combater a imigração ilegal?Berlusconni preocupa-se com a imigração e o lixo nas ruas de Napóles?qualquer dia vai dizer que a culpa do lixo é dos imigrantes.O problema do lixo vai ser resolvido pelo senhor Berlusconi mas quem o vai recolher?os imigrantes claro, acabei de chegar de Itália onde falei com alguns imigrantes, notei que existe um clima de medo e perseguição, nem dutche faria melhor, espero que a UE tome as medidas que se impoêm, pois ainda por cima estamos no ano europeu da diversidade, bom exemplo o Italiano.A Xenofobia é palavra de ordem e a África do sul o exemplo mais espantoso visitei à poucos meses esse paraíso onde já se cheirava pólvora no ar é estranho e criminoso o que está a acontecer, será que a revolução pós-apartheid falhou?
Catorze anos depois do fim do apartheid as nuvens da segregação voltam aquele Pais, mas agora segregação de negros para outros negros, só porque estes últimos são estrangeiros, de países que tanto ajudaram esses mesmo negros que agora os assassinam, escorraçam e humilham.
O que está a acontecer na África do Sul é trágico, mas não é único a diferença agora é que são negros a matar e a ter atitudes xenófobas com outros negros, atitude que nos deixa espantado e horrorizado.Mas atitudes Xenófobas de negros contra negros não vêm só da África do Sul, Cabo-Verde também está a passar por um período de segregação contra os chamados alegados imigrantes da costa ocidental Africana, mas ao contrario da África do Sul, em Cabo-verde não é a população que reprime os imigrantes, mas sim o governo imaginem Cabo-verde uma terra de imigrantes.O Mundo está louco eu não quero ser afectado, vou-me manter na concha,á espera que Obama vença as eleições no partido democrata, e depois ganhe a América o mundo precisa!
Catorze anos depois do fim do apartheid as nuvens da segregação voltam aquele Pais, mas agora segregação de negros para outros negros, só porque estes últimos são estrangeiros, de países que tanto ajudaram esses mesmo negros que agora os assassinam, escorraçam e humilham.
O que está a acontecer na África do Sul é trágico, mas não é único a diferença agora é que são negros a matar e a ter atitudes xenófobas com outros negros, atitude que nos deixa espantado e horrorizado.Mas atitudes Xenófobas de negros contra negros não vêm só da África do Sul, Cabo-Verde também está a passar por um período de segregação contra os chamados alegados imigrantes da costa ocidental Africana, mas ao contrario da África do Sul, em Cabo-verde não é a população que reprime os imigrantes, mas sim o governo imaginem Cabo-verde uma terra de imigrantes.O Mundo está louco eu não quero ser afectado, vou-me manter na concha,á espera que Obama vença as eleições no partido democrata, e depois ganhe a América o mundo precisa!
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Mário Machado está de volta!
A justiça portuguesa, voltou a marcar pontos pela negativa.
Mário Machado o assassino e responsavél pelos Hammer Skins portugueses está solto e livre para reiniciar a sua senha assassina, sem que ninguém o impeça.A desculpa, é que terminou o prazo de prisão preventiva e a justiça não encontrou até agora factos para o engaiolar de vez, o macaco parece saber fazer as coisas ou então não interessa á justiça meter este assassino na cadeia e mostrar-lhe que ideias e ideologia como as que ele e outros que o seguem defendem já não cabem na nossa sociedade.Em 10 de Junho de 1995, faz agora anos que Alcino Monteiro, Cabo-verdiano(negro) foi assassinado pela camarilha do então puto Mário Machado, os cobardes foram presos e julgados, saíram em liberdade mais cedo do que estava previsto e voltaram a reincidir no mesmo crime de racismo e Xenofobia. Triste justiça esta que não consegue manter presos os piores elementos desta sociedade, alguém acredita que este animal cumpra a medida de coacção, que é a proibição de contactar os outros animais que com ele comungam as mesmas ideias?a libertação de Mário Machado é uma provocação que Deus queira não acabe mal para o cobarde de extrema direita.
Mário Machado o assassino e responsavél pelos Hammer Skins portugueses está solto e livre para reiniciar a sua senha assassina, sem que ninguém o impeça.A desculpa, é que terminou o prazo de prisão preventiva e a justiça não encontrou até agora factos para o engaiolar de vez, o macaco parece saber fazer as coisas ou então não interessa á justiça meter este assassino na cadeia e mostrar-lhe que ideias e ideologia como as que ele e outros que o seguem defendem já não cabem na nossa sociedade.Em 10 de Junho de 1995, faz agora anos que Alcino Monteiro, Cabo-verdiano(negro) foi assassinado pela camarilha do então puto Mário Machado, os cobardes foram presos e julgados, saíram em liberdade mais cedo do que estava previsto e voltaram a reincidir no mesmo crime de racismo e Xenofobia. Triste justiça esta que não consegue manter presos os piores elementos desta sociedade, alguém acredita que este animal cumpra a medida de coacção, que é a proibição de contactar os outros animais que com ele comungam as mesmas ideias?a libertação de Mário Machado é uma provocação que Deus queira não acabe mal para o cobarde de extrema direita.
domingo, 11 de maio de 2008
O Sonho é possivel II
Obama recebe cada vez mais
apoio dos quadros democratas
Eleições nos EUA: Sex, 09 Mai, 05h26
WASHINGTON (AFP) - Os sinais de que a candidatura democrata está chegando ao seu desfecho são cada vez mais claras, com cada vez mais quadros do partido declarando apoio a Barack Obama, agora que sua vitória frente à Hillary Clinton parece ter tomado um caminho sem volta.
A rede de televisão ABC anunciou nesta sexta-feira que, pela primeira vez, Barack Obama possui mais apoio dos superdelegados (267 contra 266) que Hillary.
Até agora, o número de superdelegados era o único indicador onde Obama não aparecia na liderança - já que em quatro meses de primárias, venceu em mais Estados, obteve mais delegados e a maior parte do voto popular, além de ter arrecadado muito mais para sua campanha do que a ex-primeira-dama.
Nesta sexta-feira, Obama conseguiu o apoio de quatro superdelegados suplementares, incluindo um deputado de Oregon (noroeste) e de Nova Jersey. No total, Obama já teria conquistado o apoio de dez superdelegados desde a sua ampla vitória na Carolina do Norte na terça, e de ter perdido por pouco em Indiana.
Um influente sindicalista, o presidente da Federação americana dos funcionários governamentais (AFGE), John Gage, explicou à AFP que os membros do seu sindicato "se impressionaram com a vitalidade, o entusiasmo e o grande apelo de Obama", buscando mais apoio para o pré-candidato democrata.
Contudo, apesar da mídia já ter enterrado a candidatura de Hillary, Obama ainda não pode declarar abertamente sua vitória, apesar da sua visita com pompas de estrela, na quinta-feira, ao plenário da Câmara dos representantes.
Por sua vez, as personalidades mais influentes do partido, a presidente da Câmara Nancy Pelosi, o chefe da maioria no Senado Harry Reid, o ex-vice-presidente Al Gore, ainda não se pronunciaram. "À medida que primárias forem acontecendo, um vencedor surgirá", disse Pelosi.
O ex-pré-candidato John Edwards, que não fez grandes declarações desde que abandonou a corrida no fim de janeiro, pronunciou uma frase ambígua na rede de televisão MSNBC, sem declarar formalmente seu apoio.
"Considera-se simplesmente que Barack será investido, porque as coisas vão nesta direção", disse.
Um deputado que ainda não fez sua escolha, Jason Altmire, afirmou que "o mais importante é que se trata de uma eleição nacional, e quero apoiar a vontade do povo", também na rede MSNBC.
"Vou dar a Hillary a possibilidade que merece de ir até o final do processo, e ver se pode se recuperar" acrescentou, prevendo que irá se declarar após 3 de junho, o último dia das primárias.
Mas alguns, como o deputado Rahm Emanuel, que foi o colaborador de Bill Clinton, já preveniram a Hillary para que não continue a dar munição aos republicanos contra Obama, em sua campanha.■
Com a devida vénia ao
AFP - Sex, 09 Mai, 05h26
Os sinais de que a candidatura democrata
está chegando ao seu desfecho são
cada vez mais claras, com cada vez mais
quadros do partido declarando apoio a
Barack Obama, agora que sua vitória frente
à Hillary Clinton parece ter tomado
um caminho sem volta. Foto:/AFP
apoio dos quadros democratas
Eleições nos EUA: Sex, 09 Mai, 05h26
WASHINGTON (AFP) - Os sinais de que a candidatura democrata está chegando ao seu desfecho são cada vez mais claras, com cada vez mais quadros do partido declarando apoio a Barack Obama, agora que sua vitória frente à Hillary Clinton parece ter tomado um caminho sem volta.
A rede de televisão ABC anunciou nesta sexta-feira que, pela primeira vez, Barack Obama possui mais apoio dos superdelegados (267 contra 266) que Hillary.
Até agora, o número de superdelegados era o único indicador onde Obama não aparecia na liderança - já que em quatro meses de primárias, venceu em mais Estados, obteve mais delegados e a maior parte do voto popular, além de ter arrecadado muito mais para sua campanha do que a ex-primeira-dama.
Nesta sexta-feira, Obama conseguiu o apoio de quatro superdelegados suplementares, incluindo um deputado de Oregon (noroeste) e de Nova Jersey. No total, Obama já teria conquistado o apoio de dez superdelegados desde a sua ampla vitória na Carolina do Norte na terça, e de ter perdido por pouco em Indiana.
Um influente sindicalista, o presidente da Federação americana dos funcionários governamentais (AFGE), John Gage, explicou à AFP que os membros do seu sindicato "se impressionaram com a vitalidade, o entusiasmo e o grande apelo de Obama", buscando mais apoio para o pré-candidato democrata.
Contudo, apesar da mídia já ter enterrado a candidatura de Hillary, Obama ainda não pode declarar abertamente sua vitória, apesar da sua visita com pompas de estrela, na quinta-feira, ao plenário da Câmara dos representantes.
Por sua vez, as personalidades mais influentes do partido, a presidente da Câmara Nancy Pelosi, o chefe da maioria no Senado Harry Reid, o ex-vice-presidente Al Gore, ainda não se pronunciaram. "À medida que primárias forem acontecendo, um vencedor surgirá", disse Pelosi.
O ex-pré-candidato John Edwards, que não fez grandes declarações desde que abandonou a corrida no fim de janeiro, pronunciou uma frase ambígua na rede de televisão MSNBC, sem declarar formalmente seu apoio.
"Considera-se simplesmente que Barack será investido, porque as coisas vão nesta direção", disse.
Um deputado que ainda não fez sua escolha, Jason Altmire, afirmou que "o mais importante é que se trata de uma eleição nacional, e quero apoiar a vontade do povo", também na rede MSNBC.
"Vou dar a Hillary a possibilidade que merece de ir até o final do processo, e ver se pode se recuperar" acrescentou, prevendo que irá se declarar após 3 de junho, o último dia das primárias.
Mas alguns, como o deputado Rahm Emanuel, que foi o colaborador de Bill Clinton, já preveniram a Hillary para que não continue a dar munição aos republicanos contra Obama, em sua campanha.■
Com a devida vénia ao
AFP - Sex, 09 Mai, 05h26
Os sinais de que a candidatura democrata
está chegando ao seu desfecho são
cada vez mais claras, com cada vez mais
quadros do partido declarando apoio a
Barack Obama, agora que sua vitória frente
à Hillary Clinton parece ter tomado
um caminho sem volta. Foto:/AFP
quarta-feira, 7 de maio de 2008
O Sonho é possivel
O Sonho Americano está a poucos meses de se concretizar,um negro na presidência da maior super-potência mundial. Nunca o sonho esteve tão perto de se concretizar e eu acredito que é possivél, na Amêrica a terra do senhor Bush, diabolizada por meio mundo, a palavra preconceito racial é cada vez mais uma coisa do passado,na minha opinião e digo já que sou católico praticante a terra prometida é a América.Barack Obama foi o escolhido para acabar o caminho traçado por Martin Luther King à 40 anos.Mas não foram só os Afro-Americanos que evoluíram, foi toda a sociedade Norte-Americana, a branca principalmente que está a dar uma lição de tolerância ao serem eles os principais impulsionadores e apoiantes do Afro-Americano Barack Obama.Não vou fazer comparações com Portugal é impossivél por vários aspectos,A América é um caso à parte de contradições, mas o importante é que lá os negros, Asiáticos,Mexicanos,brasileiros entre outras comunidades são valorizados e não esquecidos e menosprezados como se faz em Portugal, basta terem valor.Por cá esta semana a rainha Sílvia da Suécia visitou o Clai de Lisboa vi na televisão o ministro Silva Pereira a gabar-se de que os Suecos chegaram à conclusão que o seu Pais têm muito a aprender com Portugal, na questão da integração de imigrantes.Bom como Português devia ficar contente, mas como Africano que já sentiu na pele o racismo e a exclusão aconselho S.Alteza a ficar mais tempo em Portugal para ver de facto qual é a integração que se faz por cá.
domingo, 4 de maio de 2008
A diferença entre Portugal e a civilização
Principal canal francês escolhe um pivot negro para horário nobre
Harry Roselmack foi escolhido para apresentar as notícias na TF1, num horário visto por dez milhões de franceses. E em Portugal?
É um momento inédito na história do jornalismo televisivo francês. Pela primeira vez os telespectadores franceses vão ter um pivot negro a dar-lhes as principais notícias da actualidade, enquanto jantam, às 20h00, no canal com mais audiência, oTF1, ou La Une, como os franceses preferem chamar-lhe. Em Portugal, o único negro que chegou a apresentar um telejornal das oito (na TVI, está hoje na SIC a apresentar o programa às 6h15 da manhã.Harry Roselmack, actualmente jornalista de um outro canal francês, o Canal+, vai substituir o conhecido pivot Patrick Poivre d"Arvor. E há já entre os media franceses quem sugira que foi o ministro do Interior Nicolas Sarkozy, que colocou um negro no jornal das 20h00 para acalmar as minorias.Duas semanas antes da TF1 anunciar que Harry Roselmack ia ser o pivot que ocuparia o lugar de Patrick Poivre d"Arvor, que se vai reformar, no jornal das 20h00, já o Governo francês o sabia, dizia, na sua edição de oito de Março o diário Libération. O ministro Nicolas Sarkozy terá sabido da notícia a 17 de Fevereiro, e este pré-conhecimento é já lido como uma interferência do Governo nos media, dizia o jornal. Mas isso não tira o mérito a Harry Roselmack, que, seja como for, vai entrar na história do jornalismo televisivo em França. Ele será o primeiro pivot negro na história do noticiário de horário nobre do principal canal francês. E um dos únicos no panorama televisivo em França, ao lado de Audrey Pulvar, que é pivot no jornal da tarde do canal France 3 desde Setembro do ano passado.Roselmack entrou para o canal de informação i-TELE o ano passado, onde apresentava a síntese informativa a meio da tarde. E actualmente tem um contrato de exclusividade de imagem com o Canal+, que acabaria em Agosto, mas que, segundo os meios de comunicação franceses está a ser renegociado, para que Roselmack possa abandonar o Canal+ e ingressar na TF1, onde se sentará na cadeira de Patrick Poivre d"Arvor a partir de 15 de Julho. Em declarações à AFP, o Club Averroès, uma associação que defende a imagem das minorias nos media franceses disse que a notícia é excelente e que tem "o efeito de uma bomba": "Para nós é um avanço sagrado", disse o presidente da associação Amirouche Laïdi.O Libération conta os pormenores da história. Depois de uma reunião, em meados de Fevereiro, com o Club Averroès, Sarkozy terá dito: "Vamos ter um negro, este Verão, no horário das oito." Também Jacques Chirac já tinha apelado aos responsáveis da indústria do audiovisual para que tentassem que os media representassem melhor a diversidade étnica da França actual.Do horário nobre da TVI para o amanhecer da SIC
José Mussuaili foi o único pivot negro que alguma vez a televisão portuguesa colocou num telejornal, em 1992, an TVI. "Foi por acaso. Estava em reportagem no Algarve quando me telefonaram a dizer que o Miguel Ganhão Pereira tinha tido um acidente e que eu tinha de o vir substituir no Jornal de Sábado. Foi o pânico. Mas pensei que se conseguisse dizer boa tarde sem me engasgar que ia correr bem. E assim foi", conta Mussuaili, que tinha 25 anos na altura. A experiência como pivot do jornalista durou cerca de dois anos. "Nunca tive um comentário desagradável. Mas sei que existiram. Na generalidade, as pessoas aceitaram bem e ainda hoje, quando me vêem na rua dizem: "olha o senhor da TVI!" Aquele tempo marcou-me. Quando saí, perguntavam-me o que se tinha passado, e falavam de racismo. Não nego que tenha havido. Mas saí a bem", conta Mussuaili, que se recusa a falar em quotas para as minorias nos media. Actualment, Mussuaili está na SIC a apresentar o programa Etnias às 6h15 da manhã de quarta-feira,António Monteiro Coelho, porta-voz da TVI afirmou ao PÚBLICO que a única razão para que não apareçam mais casos como os de Mussuaili prende-se com a pouca representatividade de jornalistas negros nas redacções. Na TVI existem três, afirma. E nem sempre reúnem as condições que um pivot exige: "O José Mussuaili tinha presença e boa dicção. Reunia as condições de um bom pivot. Mas há uma grande rotatividade nestas funções. Não há lugares fixos". E acrescenta. "Nunca nos passou pela ideia forçar a situação para apoiar as minorias. Gostamos de apoiar valores novos", garantindo que a cor é um factor que ali não conta.Mas Mussuaili acha estranho, num país com uma relação tão forte com África, o seu caso ser único: " Ainda existem preconceitos em Portugal na relação com os africanos que não existem em países sem a nossa história em África, como a Alemanha."
Com origens familiares na ilha de Martinica, Harry Roselmack, nasceu no dia 20 de Março de 1973 em Tours (Oeste). Detentor de duas licenciaturas, em História e Jornalismo, o jornalista deixo a rádio France Info em Agosto de 2005 para se juntar à equipa do canal de informação contínua i-TELE (do grupo Canal +) onde apresentava A Grande Edição, o principal telejornal da estação que vai para o ar ao início da noite. Roselmack também estava presente no Canal + onde apresentava as notícas à hora do almoço no programa Não Somos Anjos. A sua carreira jornalistica começou na Rádio Tropical, antes de ser contratado pela France Info.
Ana Machado - "Público" 18 Mar 06
domingo, 4 de Maio de 2008
Harry Roselmack foi escolhido para apresentar as notícias na TF1, num horário visto por dez milhões de franceses. E em Portugal?
É um momento inédito na história do jornalismo televisivo francês. Pela primeira vez os telespectadores franceses vão ter um pivot negro a dar-lhes as principais notícias da actualidade, enquanto jantam, às 20h00, no canal com mais audiência, oTF1, ou La Une, como os franceses preferem chamar-lhe. Em Portugal, o único negro que chegou a apresentar um telejornal das oito (na TVI, está hoje na SIC a apresentar o programa às 6h15 da manhã.Harry Roselmack, actualmente jornalista de um outro canal francês, o Canal+, vai substituir o conhecido pivot Patrick Poivre d"Arvor. E há já entre os media franceses quem sugira que foi o ministro do Interior Nicolas Sarkozy, que colocou um negro no jornal das 20h00 para acalmar as minorias.Duas semanas antes da TF1 anunciar que Harry Roselmack ia ser o pivot que ocuparia o lugar de Patrick Poivre d"Arvor, que se vai reformar, no jornal das 20h00, já o Governo francês o sabia, dizia, na sua edição de oito de Março o diário Libération. O ministro Nicolas Sarkozy terá sabido da notícia a 17 de Fevereiro, e este pré-conhecimento é já lido como uma interferência do Governo nos media, dizia o jornal. Mas isso não tira o mérito a Harry Roselmack, que, seja como for, vai entrar na história do jornalismo televisivo em França. Ele será o primeiro pivot negro na história do noticiário de horário nobre do principal canal francês. E um dos únicos no panorama televisivo em França, ao lado de Audrey Pulvar, que é pivot no jornal da tarde do canal France 3 desde Setembro do ano passado.Roselmack entrou para o canal de informação i-TELE o ano passado, onde apresentava a síntese informativa a meio da tarde. E actualmente tem um contrato de exclusividade de imagem com o Canal+, que acabaria em Agosto, mas que, segundo os meios de comunicação franceses está a ser renegociado, para que Roselmack possa abandonar o Canal+ e ingressar na TF1, onde se sentará na cadeira de Patrick Poivre d"Arvor a partir de 15 de Julho. Em declarações à AFP, o Club Averroès, uma associação que defende a imagem das minorias nos media franceses disse que a notícia é excelente e que tem "o efeito de uma bomba": "Para nós é um avanço sagrado", disse o presidente da associação Amirouche Laïdi.O Libération conta os pormenores da história. Depois de uma reunião, em meados de Fevereiro, com o Club Averroès, Sarkozy terá dito: "Vamos ter um negro, este Verão, no horário das oito." Também Jacques Chirac já tinha apelado aos responsáveis da indústria do audiovisual para que tentassem que os media representassem melhor a diversidade étnica da França actual.Do horário nobre da TVI para o amanhecer da SIC
José Mussuaili foi o único pivot negro que alguma vez a televisão portuguesa colocou num telejornal, em 1992, an TVI. "Foi por acaso. Estava em reportagem no Algarve quando me telefonaram a dizer que o Miguel Ganhão Pereira tinha tido um acidente e que eu tinha de o vir substituir no Jornal de Sábado. Foi o pânico. Mas pensei que se conseguisse dizer boa tarde sem me engasgar que ia correr bem. E assim foi", conta Mussuaili, que tinha 25 anos na altura. A experiência como pivot do jornalista durou cerca de dois anos. "Nunca tive um comentário desagradável. Mas sei que existiram. Na generalidade, as pessoas aceitaram bem e ainda hoje, quando me vêem na rua dizem: "olha o senhor da TVI!" Aquele tempo marcou-me. Quando saí, perguntavam-me o que se tinha passado, e falavam de racismo. Não nego que tenha havido. Mas saí a bem", conta Mussuaili, que se recusa a falar em quotas para as minorias nos media. Actualment, Mussuaili está na SIC a apresentar o programa Etnias às 6h15 da manhã de quarta-feira,António Monteiro Coelho, porta-voz da TVI afirmou ao PÚBLICO que a única razão para que não apareçam mais casos como os de Mussuaili prende-se com a pouca representatividade de jornalistas negros nas redacções. Na TVI existem três, afirma. E nem sempre reúnem as condições que um pivot exige: "O José Mussuaili tinha presença e boa dicção. Reunia as condições de um bom pivot. Mas há uma grande rotatividade nestas funções. Não há lugares fixos". E acrescenta. "Nunca nos passou pela ideia forçar a situação para apoiar as minorias. Gostamos de apoiar valores novos", garantindo que a cor é um factor que ali não conta.Mas Mussuaili acha estranho, num país com uma relação tão forte com África, o seu caso ser único: " Ainda existem preconceitos em Portugal na relação com os africanos que não existem em países sem a nossa história em África, como a Alemanha."
Com origens familiares na ilha de Martinica, Harry Roselmack, nasceu no dia 20 de Março de 1973 em Tours (Oeste). Detentor de duas licenciaturas, em História e Jornalismo, o jornalista deixo a rádio France Info em Agosto de 2005 para se juntar à equipa do canal de informação contínua i-TELE (do grupo Canal +) onde apresentava A Grande Edição, o principal telejornal da estação que vai para o ar ao início da noite. Roselmack também estava presente no Canal + onde apresentava as notícas à hora do almoço no programa Não Somos Anjos. A sua carreira jornalistica começou na Rádio Tropical, antes de ser contratado pela France Info.
Ana Machado - "Público" 18 Mar 06
domingo, 4 de Maio de 2008
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