Lisboa, 05 mai (Lusa) - Os chefes da diplomacia da CPLP pediram
hoje ao Conselho de Segurança da ONU sanções dirigidas aos golpistas na
Guiné-Bissau e demarcaram-se de qualquer solução que desrespeite a Constituição
do país.
Em comunicado no final de um conselho de ministros
extraordinário da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), realizado
hoje, em Lisboa, os responsáveis lusófonos apelam ao Conselho de Segurança da
ONU para que "imponha sanções direcionadas a militares e civis implicados no
golpe de Estado" de 12 de abril na Guiné-Bissau.
A CPLP apoia também as "medidas restritivas recentemente
adotadas pela União Europeia contra militares guineenses e as sanções da CEDEAO
[Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental]".
O documento hoje aprovado por unanimidade foi lido por Georges
Chicoti, ministro das Relações Exteriores de Angola, que detém a presidência
rotativa da CPLP, e recorda os compromissos estabelecidos na ONU e União
Africana (UA), "quanto ao acesso ao poder por meios não constitucionais".
Segundo os ministros lusófonos, "qualquer outra via
constituiria um desafio à autoridade do Conselho de Segurança das Nações
Unidas", bem como "uma flagrante violação do princípio de 'tolerância zero' da
UA e da CEDEAO".
Uma solução para a crise guineense não prevista na
Constituição, segundo o comunicado, seria "um perigoso precedente com o qual a
CPLP não se compromete".
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