sábado, 5 de maio de 2012


Lisboa, 05 mai (Lusa) - Os chefes da diplomacia da CPLP pediram hoje ao Conselho de Segurança da ONU sanções dirigidas aos golpistas na Guiné-Bissau e demarcaram-se de qualquer solução que desrespeite a Constituição do país.

Em comunicado no final de um conselho de ministros extraordinário da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), realizado hoje, em Lisboa, os responsáveis lusófonos apelam ao Conselho de Segurança da ONU para que "imponha sanções direcionadas a militares e civis implicados no golpe de Estado" de 12 de abril na Guiné-Bissau.

A CPLP apoia também as "medidas restritivas recentemente adotadas pela União Europeia contra militares guineenses e as sanções da CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental]".

O documento hoje aprovado por unanimidade foi lido por Georges Chicoti, ministro das Relações Exteriores de Angola, que detém a presidência rotativa da CPLP, e recorda os compromissos estabelecidos na ONU e União Africana (UA), "quanto ao acesso ao poder por meios não constitucionais".

Segundo os ministros lusófonos, "qualquer outra via constituiria um desafio à autoridade do Conselho de Segurança das Nações Unidas", bem como "uma flagrante violação do princípio de 'tolerância zero' da UA e da CEDEAO".

Uma solução para a crise guineense não prevista na Constituição, segundo o comunicado, seria "um perigoso precedente com o qual a CPLP não se compromete".

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