sexta-feira, 18 de maio de 2012

O Primeiro-Ministro deposto da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior apontou hoje o dedo à CEDEAO(Comunidade dos Países da África Ocidental)acusando-a de ceder as chantagens dos golpistas que tomaram o poder a 12 de Abril num golpe de estado que o afastou do poder em Bissau.
Foi num encontro com a comunidade Guineense radicada em Lisboa, que ao lado do Presidente Interino Raimundo Pereira, do Ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, também exilado em Lisboa que Carlos Gomes Júnior acusou os golpistas de oportunismo e alguns Partidecos, de quererem alterar a ordem constitucional do Pais.

O Primeiro Ministro e o Presidente da Republica, recusaram-se a reconhecer o novo governo a quem acusam de falta de legitimidade, recorrendo à constituição do País"O Presidente interino , não pode nomear um novo Primeiro Ministro, está na constituição"disse .

Debaixo de aplausos o Primeiro-Ministro fez um resumo da sua governação recorrendo a estatísticas, dizendo que a Guiné-Bissau, era o Pais com maior crescimento económico no Golfo da Guiné, Cadogo disse ainda ter sido informado com antecedência de que o golpe iria decorrer, pois como Primeiro-Ministro, chefiava os serviços de Informação, tendo sido instado por Embaixadores de Países amigos a abandonar a sua residência o que disse recusei e esperei por eles.Visivelmente emocionado o Primeiro-Ministro da Guiné descreveu a forma como os golpistas lhe assaltaram a casa, destruindo o seu interior, informando que ofereceu resistência, o que levou os golpistas a usarem armas pesadas para o desalojarem.Em relação a actuação da CPLP, Cadogo elogiou a acção dos parceiros, pedindo que mantenham a pressão sobre a Comunidade Internacional  para que a legalidade seja reposta o mais breve possivél.

Cadogo descreveu ainda os dias em que ele e Raimundo Pereira, estavam prisioneiros, com humor e revelou que partilhavam a cela com ratos e que quando era visitados pela Cruz Vermelha os Golpistas vestiam-os a rigor, para que parecesse que estava tudo normalizado.No Final debaixo de vivas o presidente Raimundo Pereira repetiu o apelo à comunidade Internacional, realçando o papel de Portugal e Angola agradecendo todo o apoio destes dois países à Guiné e ao seu povo.

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