domingo, 22 de março de 2009

Lucílio Baptista

Lucilio “O Coveiro”
Começo esta crónica por dar razão aos que menosprezam a Taça da Liga, dando-se ao luxo de colocar jogadores de terceiro e quarto plano, para disputar uma eliminatória, provocando assim a sua eliminação prematura.
De facto a Taça da Liga patrocinada pela Carlsberg não é uma competição séria e ontem Lucilio Baptista, deu-lhe a estocada final, ao entregar de bandeja a competição ao SLB num penalti inventado.O Jogo de Sábado no estádio do Algarve prometia, a promoção foi intensa e o público aderiu estava tudo conjugado para que se assisti-se a um grande desafio e as equipas embora uns furos abaixo do que se esperava não desiludiram o Sporting sem dúvida superiorizou-se, tendo materializado num golo esta superioridade.
Como adepto e principalmente como amante do futebol e da verdade desportiva estava a gostar do jogo, assim como aqueles 30 mil que encheram aquele elefante branco do futebol português, o Estádio Algarve.De facto Lucilio Baptista já tinha dado mostras de descontrole durante o jogo ao permitir certas atitudes a Polga, David Luís entre outros perdoando-lhes a expulsão, mas o pior estava para vir Lucilio inventou um penalti, fazendo com que Pedro Silva fosse expulso fragilizando a equipa leonina desrespeitando os adeptos de ambas as equipas.O que Baptista fez foi um roubo de igreja como diria o saudoso José Maria Pedroto, com esta atitude não espere a Liga que os clubes respeitem a supertaça, porque o ladrão encarregou-se de matar a prova.Não é com gente deste calibre que a arbitragem portuguesa recupera a credibilidade, Lucilio o Baptista acaba a carreira a sair pela porta pequena e com a sombra da suspeita, assumo com todas as letras o senhor árbitro de Setúbal terra de boa gente é um ladrão da pior espécie, que se vá embora e depressa.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Para Portugal, rápidamente e em força

Para Portugal rapidamente e em força.

Quarenta e muitos anos depois de Salazar pronunciar a famosa frase "Para Angola rapidamente e em força"dando inicio à guerra colonial,Angola agora libertada apresenta-se como o salvador da economia Portuguesa.
As ironias do destino tem destas coisas e agora a antiga colónia vem em socorro do colonizador.
A presença de José Eduardo dos Santos esta semana em Portugal, acompanhado de uma comitiva fortíssima de empresários, vem mostrar que o investimento de Luanda em Portugal esta para ficar e deverá aumentar.Foi isso que Manuel Vicente(presidente da Sonangol)disse até com alguma ironia, acrescentando que o investimento vai aumentar com a possivél entrada da Sonangol no capital da EDP.Chama-se a isto reciprocidade, pois nos últimos 30 anos tinham sido a empresas portuguesas a invadir o mercado Angolano e essa invasão continua.Estamos a falar de números ainda bastante desequilibradores, senão vejamos:Em 2008 o investimento português em Angola foi de 750 milhões de Euros nas áreas da construção civil, banca,industria e transportes entre outras áreas ao contrário Angola investiu em Portugal 58 milhões de Euros, como dá para ver a balança ainda cai para o lado português, mesmo assim Bagão Félix e outros já tocaram as campainhas de alarme o que me faz crer que existem aqui sentimentos que pensávamos estar erradicados da sociedade portuguesa.O investimento em Portugal por parte de empresas angolanas vai crescer e isso ficou claro, assim como o mercado laboral angolano está de portas abertas para os portugueses, a isto chamamos reciprocidade.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Guiné-Bissau, um estado ou em estado de choque?

Muitos de vocês já se devem ter perguntado o porque do meu silêncio sobre a tragédia da Guiné-Bissau. Infelizmente a Guiné já nos tem habituado a golpes e contra golpes, instabilidade e guerra civil, mas o que aconteceu no último fim de semana foi demasiado é o culminar de uma tragédia anunciada desde 1973, data em que foi decretada a indepêndencia unilateral em território Balanta.As guerra entre as Etnias são seculares e o assassinato de Amílcar Cabral foi o primeiro prenúncio de que a primeira cólonia portuguesa a conquistar a libertação não teria um futuro risonho.
De facto tenho sido um espectador atormentado pelas noticias que nos chegam da Guiné-Bissau e que em qualquer estado normal seria caso para a dissolução da Assembleia e a criação de uma junta de salvação nacional, ou coisa que o valha,mas na Guiné não, nesta matéria concordo com Vasco Pulido Valente que se espanta com a reacção do mundo, horas depois da decapitação das mais altas figuras do estado toda a gente vem dar graças a Deus por não se ter realizado um golpe de estado.Afinal o que aconteceu?ainda ninguém percebeu que o governo de Carlos Gomes Júnior não manda na Guiné?é um governo fantoche que faz o que os militares lhe mandam!A Guiné é um estado militarizado, não tenham ilusões, aquele país está dividido em tribos que não se entendem, os balantas dominam 90% do exercito, desequilibrando a balança para o seu lado, mas as mortes e ajustes de contas ainda não acabaram.A sombra de Nino ainda vai pairar muito sobre a Guiné, agora que os seus bandos andam espalhados, assustados e por conta própria.Era necessária uma intervenção enérgica da CPLP e das Nações Unidas a Guiné já mostrou que é um estado ingovernavél pelos guineenses que já provaram que não se entendem, este golpe vem na sequência da triste história da Guiné dos últimos 30 anos, sequência inaugurada pelo próprio Nino Vieira o que aconteceu só me leva a pensar que este golpe já estaria a ser preparado à muito tempo."Nino Vieira" é uma figura sinistra da história actual da Guiné-Bissau, héroi da guerra contra os portugueses, transformou-se numa figura tenebrosa, são muitas as histórias que se contam,assassinatos, torturas, corrupção e agora a colocação de bombas para matar adversários, histórias que levaram a Guiné à ruína, transformado aquele País num estado falhado.A tragédia da Guiné não é de hoje, começou ainda a indepêndencia não tinha sido proclamada,com o assassinato de Amílcar Cabral.Este foi o primeiro de uma série de episódios tristes na história onde o dedo de Nino se fez sentir.Entrevistei-o dias antes de voltar à Guiné e ter assumido o cargo de presidente, vi naquele homem o desejo da vingança, rancor, vontade de desforra e foi com este comportamento que voltou à sua terra Natal.Só que a Guiné não é um estado, custa-me dizer isto, mas é a pura verdade e aquele exercito não passa de um bando armado dominado pelos balantas, a etnia dominante.A morte de Nino não veio fechar o ciclo da violência pelo contrário, vai-se agravar pois a melhor defesa é o ataque e os seguidores de Nino irão tentar aliviar a pressão a que estão sujeitos nesta altura.A Guiné precisa de ajuda,mas é preciso que os guineenses se reconciliem.