domingo, 16 de março de 2008

Negros na TV?nem pensar dizem eles!

Na passada quinta-feira dia 13 de Março fui convidado para participar no programa da RTP/Portugal no coração o tema era "Multiculturalismo".
A RTP como televisão de serviço público debateu este tema no ano em que a UE estabeleçeu a tolerância e o convivio racial uma das etapas de 2008.Como sempre fui confrontado pelo facto de ter sido até agora o único jornalista negro a apresentar noticias na Televisão Portuguesa, um fenómeno em 1995, mas será um motivo para me regozijar?não pelo contrario, que é feito da teória de que Portugal era do Minho a Timor, ou pós 25 de Abril, os povos irmãos de àfrica?quando me perguntam porque não á apresentadores Africanos na televisão portuguesa? eu respondo!perguntem aos directores de programação e informação esses sim os responsavéis por um racismo sectário,daqui a 50 anos teremos negros, chineses, indianos ou brasileiros entre outros na TV-Portuguesa, estamos em Portugal meus amigos.Por mim continuo impávido e sereno só espero, que daqui a 50 anos me voltem a chamar para comentar a invasão estrangeira à televisão portuguesa.

2 comentários:

uaMatidjuane disse...

AFRICAN UNION-AFRICAN DIASPORA IN EUROPE REGIONAL CONSULTATIVE � 11/12 SEPTEMBER 2007, PARIS
Ladies and Gentlemen, my
intervention will be entitled:DIAGNOSIS on Afro-pessimism (1)
by Jo�o CRAVEIRINHA (12 min.)

(Sponsored by the South African Government)

(SLIDE N� 9)
TELEVISION COLOUR BAR IN PORTUGAL

(�) The TVi � channel 4, was pioneer in Portuguese television with journalist, Jose Mussuaili, as the first and sole male Black anchor ever. But he was removed later not to do with lack of professionalism (just the opposite) but for "unknown" reasons. Perhaps for many he was �darkening too much� the TV screen.

For the majority of the Portuguese looking eyes, probably, would not accept that in goodwill.

excerpt from the priginal text: Objective Analysis on PORTUGAL and its African Diaspora � Where at least 10% of the Portuguese in Portugal are Black (1 million.

Text from Jo�o Craveirinha - a Mozambican researcher, author, artist (and formerly one of the African Diaspora leaders in Portugal � 1986 / 1996)

uaMatidjuane disse...

Principal canal francês escolhe um pivot negro para horário nobre

Harry Roselmack foi escolhido para apresentar as notícias na TF1, num horário visto por dez milhões de franceses. E em Portugal?

É um momento inédito na história do jornalismo televisivo francês. Pela primeira vez os telespectadores franceses vão ter um pivot negro a dar-lhes as principais notícias da actualidade, enquanto jantam, às 20h00, no canal com mais audiência, oTF1, ou La Une, como os franceses preferem chamar-lhe.

Em Portugal, o único negro que chegou a apresentar um telejornal das oito (na TVI, está hoje na SIC a apresentar o programa às 6h15 da manhã.

Harry Roselmack, actualmente jornalista de um outro canal francês, o Canal+, vai substituir o conhecido pivot Patrick Poivre d"Arvor. E há já entre os media franceses quem sugira que foi o ministro do Interior Nicolas Sarkozy, que colocou um negro no jornal das 20h00 para acalmar as minorias.

Duas semanas antes da TF1 anunciar que Harry Roselmack ia ser o pivot que ocuparia o lugar de Patrick Poivre d"Arvor, que se vai reformar, no jornal das 20h00, já o Governo francês o sabia, dizia, na sua edição de oito de Março o diário Libération. O ministro Nicolas Sarkozy terá sabido da notícia a 17 de Fevereiro, e este pré-conhecimento é já lido como uma interferência do Governo nos media, dizia o jornal.

Mas isso não tira o mérito a Harry Roselmack, que, seja como for, vai entrar na história do jornalismo televisivo em França. Ele será o primeiro pivot negro na história do noticiário de horário nobre do principal canal francês. E um dos únicos no panorama televisivo em França, ao lado de Audrey Pulvar, que é pivot no jornal da tarde do canal France 3 desde Setembro do ano passado.

Roselmack entrou para o canal de informação i-TELE o ano passado, onde apresentava a síntese informativa a meio da tarde. E actualmente tem um contrato de exclusividade de imagem com o Canal+, que acabaria em Agosto, mas que, segundo os meios de comunicação franceses está a ser renegociado, para que Roselmack possa abandonar o Canal+ e ingressar na TF1, onde se sentará na cadeira de Patrick Poivre d"Arvor a partir de 15 de Julho. Em declarações à AFP, o Club Averroès, uma associação que defende a imagem das minorias nos media franceses disse que a notícia é excelente e que tem "o efeito de uma bomba": "Para nós é um avanço sagrado", disse o presidente da associação Amirouche Laïdi.

O Libération conta os pormenores da história. Depois de uma reunião, em meados de Fevereiro, com o Club Averroès, Sarkozy terá dito: "Vamos ter um negro, este Verão, no horário das oito." Também Jacques Chirac já tinha apelado aos responsáveis da indústria do audiovisual para que tentassem que os media representassem melhor a diversidade étnica da França actual.

Do horário nobre da TVI para o amanhecer da SIC

José Mussuaili foi o único pivot negro que alguma vez a televisão portuguesa colocou num telejornal, em 1992, an TVI.

"Foi por acaso. Estava em reportagem no Algarve quando me telefonaram a dizer que o Miguel Ganhão Pereira tinha tido um acidente e que eu tinha de o vir substituir no Jornal de Sábado. Foi o pânico. Mas pensei que se conseguisse dizer boa tarde sem me engasgar que ia correr bem. E assim foi", conta Mussuaili, que tinha 25 anos na altura.

A experiência como pivot do jornalista durou cerca de dois anos. "Nunca tive um comentário desagradável. Mas sei que existiram. Na generalidade, as pessoas aceitaram bem e ainda hoje, quando me vêem na rua dizem: "olha o senhor da TVI!"

Aquele tempo marcou-me. Quando saí, perguntavam-me o que se tinha passado, e falavam de racismo. Não nego que tenha havido. Mas saí a bem", conta Mussuaili, que se recusa a falar em quotas para as minorias nos media.

Actualment, Mussuaili está na SIC a apresentar o programa Etnias às 6h15 da manhã de quarta-feira,
António Monteiro Coelho, porta-voz da TVI afirmou ao PÚBLICO que a única razão para que não apareçam mais casos como os de Mussuaili prende-se com a pouca representatividade de jornalistas negros nas redacções.

Na TVI existem três, afirma. E nem sempre reúnem as condições que um pivot exige: "O José Mussuaili tinha presença e boa dicção. Reunia as condições de um bom pivot. Mas há uma grande rotatividade nestas funções. Não há lugares fixos".

E acrescenta. "Nunca nos passou pela ideia forçar a situação para apoiar as minorias. Gostamos de apoiar valores novos", garantindo que a cor é um factor que ali não conta.

Mas Mussuaili acha estranho, num país com uma relação tão forte com África, o seu caso ser único: " Ainda existem preconceitos em Portugal na relação com os africanos que não existem em países sem a nossa história em África, como a Alemanha."

Com origens familiares na ilha de Martinica, Harry Roselmack, nasceu no dia 20 de Março de 1973 em Tours (Oeste). Detentor de duas licenciaturas, em História e Jornalismo, o jornalista deixo a rádio France Info em Agosto de 2005 para se juntar à equipa do canal de informação contínua i-TELE (do grupo Canal +) onde apresentava A Grande Edição, o principal telejornal da estação que vai para o ar ao início da noite.

Roselmack também estava presente no Canal + onde apresentava as notícas à hora do almoço no programa Não Somos Anjos. A sua carreira jornalistica começou na Rádio Tropical, antes de ser contratado pela France Info.

Ana Machado - "Público" 18 Mar 06


domingo, 4 de Maio de 2008

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