segunda-feira, 24 de março de 2008

O Regresso do Alferes miliciano Anibal Cavaco Silva a Moçambique

O presidente da República de Portugal,Anibal Cavaco Silva, iniciou hoje uma visita oficial de três dias a Moçambique numa tentativa de reconquistar o tempo perdido em relação ao investimento português naquele pais de expressão portuguesa.Cavaco um economista de prestigio segue em termos de politica com os países africanos de expressão portuguesa, uma politica de cooperação com o governo e até de estratégia(toda a gente se lembra da visita que José Socratês fez a Luanda, levando uma embaixada de empresários, que depois foi provado serem os mesmos que já se encontram instalados em Angola, não permitindo assim a instalação de outros que pretendiam conhecer aquele valioso mercado).Mas neste caso Cavaco fez-se acompanhar de 40 empresários que ainda não conhecem o mercado e que irão enfrentar duras dificuldades para conquistarem o seu espaço.Ao contrário de Angola, Moçambique não têm diamantes, petróleo(pelo menos explorado)não atraindo assim as grandes multinacionais, mas Moçambique é um local estratégico e ai Portugal podia ganhar uma ponte de entrada na África Austral,mas ainda vai a tempo?a presença portuguesa em Moçambique têm aumentado bastante nos últimos anos, a comunidade Portuguesa cresce a olhos vistos com investimentos principalmente na área comercial, Milénio Bim é um dos bancos no mercado financeiro, Grupo Pestana na hotelaria, são os grandes representantes de Portugal na economia de Moçambique, mas a presença portuguesa na economia,não vai muito além Portugal conta com um forte adversário, a vizinha África do sul é um aliado de peso de Moçambique, um vizinho que a pouco e pouco dominou a economia Moçambicana e Maputo agradece os motivos são óbvios, África do sul é um vizinho rico que alimenta a industria turistica Moçambicana e comercial Moçambicana as empresas Sul-Africanas apostam no mercado local, não importam modelos,adaptam-se o que não aconteçe com Portugal talvez por causa do passado colonial e um sentimento de culpa que já não devêria existir.Mas as condicionantes vão mais além a distância e a fragilidade da económia Portuguesa são na minha opinião os principais motivos para o desencorajar dos investidores são 10 horas de voo directo o que tira a coragem a muitos, se fizermos escala em Joanesburgo são 14 a 15 horas, o que não estimula, a fragilidade económica de Portugal também contribuem para essa falta de investimento.Mas para Cavaco Silva,esta é mais do que uma visita de estado, o casal presidencial vai ao reencontro do passado pois viveram em Maputo dois anos da sua vida.O Alferes Cavaco cumpriu ali dois anos do seu serviço militar, tempo que lhe deixou saudades a imprensa diz que o presidente tentou visitar a casa que habitou, ficou pela tentativa os actuais inquilinos não estavam em casa, sabendo mais tarde da presença de Cavaco,desconheçiam esse facto.Como Luso-Moçambicano aconselho que a reconquista de Moçambique comece pelo coração e não pelo dinheiro ou qualquer tentativa de neocolonialismo os sentimentos entre portugueses e moçambicanos ainda são fortes e nesse ponto o português vence qualquer endinheirado que tente conquistar Moçambique o resto virá naturalmente, até porque os dois paises repartem um amor comum que irão dividir até ao final dos dias, ao contrário de Cahora Bassa Moçambique não vai exigir a devolução do pantera negra Eusébio.

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