terça-feira, 17 de abril de 2012

Ritinha Lobo"Jóia Creola"


Ritinha é a mais recente grande voz a emergir da respeitadíssima família Lobo, que
leva já cinco gerações a dar à música cabo-verdiana alguns dos seus mais
respeitados cantores. E o seu primeiro álbum a solo, “Jóia Creola”, fazendo justiça ao
nome, é a revelação de uma autêntica pérola até aqui desconhecida da generalidade
dos apreciadores de música. Com produção de Yami, “Jóia Creola” dá-nos a conhecer
a esplendorosa voz de Ritinha Lobo, que interpreta aqui temas assinados por alguns
dos mais respeitados compositores cabo-verdianos – Paulino Vieira, Orlando Pantera,
Boy Gé Mendes e Ramiro Mendes --, originais de Yami e um axé do compositor
brasileiro Lula Moreno.
 
Creola nascida no Sal, Ritinha cresceu rodeada de cantores e a música foi, desde
cedo, a sua grande paixão. Em 1987 é, com onze anos, a vencedora da Gala dos
Pequenos Cantores de Cabo Verde, tendo começado a cantar nos Mobafuco em 1994.
Os Mobafuco – com quem Ritinha gravou o álbum “Nós Raça” – eram o grupo
residente do Hotel Morabeza, na ilha do Sal, e com eles a cantora apurou a voz em
mornas, coladeiras, batuques e funanás, mas também música brasileira e portuguesa.
Em 1999 a sua carreira na música poderia ter tomado um rumo diferente: veio para
Lisboa estudar canto lírico no S. Carlos e, durante dois anos, Ritinha integrou
formações de ópera. Mas o apelo da música cabo-verdiana, que lhe está literalmente
no sangue, sempre foi mais forte.

É tempo de conhecer em disco e ao vivo “Jóia Creola”, a sua enorme voz e a sua
música em que Cabo Verde, que está nela sempre visceralmente presente, também
lança pontes com outras músicas pan-africanas, a música brasileira e o jazz. E onde
aproveita ainda para homenagear Cesária Évora, Ildo Lobo, Titina, Bana, Paulino
Vieira e Tito Paris. A coroar tudo isto, Ritinha tem ao seu lado neste disco um naipe de
fabulosos músicos: Yami (que, para além de assumir a produção artística, toca baixo,
guitarra e faz coros), Carlos Garcia (piano e sintetizadores), João Balão (cavaquinho),
João Frade (acordeão) e Marito Marques (bateria)

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